FILARMÔNICA 23 DE DEZEMBRO: 121 ANOS. PATRIMÔNIO CULTURAL DE MUCUGÊ.
Já está online o documentário “Filarmonia: uma experiência musical em Mucugê”, uma cobertura das lindíssimas apresentações da nossa filarmônica na FLIGÊ (Feira Literária de Mucugê) 2022. Disponível no YouTube Curtas & Cinema (youtu.be/Nr-_Nt5WdsA)
Parte das apresentações da Filarmônica de Mucugê durante a feira literária, teve a participação da Filarmônica da UFBA, que funciona como um laboratório de prática e teoria musical dentro da Escola de Música da UFBA. Foi criada em 2009, fruto da tese de Doutorado do Prof. Celso Benedito, sob orientação do Prof. Joel Barbosa (PPGMUS/UFBA).
A banda filarmônica de Mucugê foi formada em 1901, sob a batuta do maestro Teodorico Franco, de Salvador. Depois dele houveram outros mestres, com destaque para Trajano Cardoso e João Paraguaçu. Conta-se que da primeira formação fizeram parte Anísio Paraguassu, Zé Piston, Marcolino Pina e Rodolfo Lutécio.
A primeira sede, doada pelo Coronel Douca Medrado, ficava no local onde hoje é o Hospital. Músicos antigos lembram que a banda chegou a ter saxofone soprano e tenor, flauta, requinta, clarinete, 3 trombones, 2 contrabaixos, bombardino, 4 trompas, bumbo, prato, caixa, pandeiro. Mas a filarmônica teve altos e baixos que acompanharam as migrações da população.
A cidade se esvaziou em meados dos anos 1950, mas a banda se manteve com um único músico (Aloisio Paraguassú, Loi), tocando bombardino nas alvoradas e festas. No início dos anos 1960 a atividades foram retomadas com os músicos Loi, João Macaco, Edival, seu Ogã, Dondim, e outros quatro, sob a batuta do músico e ourives Artur Campos (seu Tutu), que já havia sido maestro da filarmônica uma década antes. A história da Filarmônica 23 de Dezembro se confunde com a história de Mucugê. Hoje a Filarmônica tem à frente o Maestro Rodrigo Reis. (Informações extraídas do livro “Mucugê por Mucugê”, de Rebeca Serra)